domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tratando-se de macroeconomia, todo cuidado é pouco.

A Revista Veja (edição de 13/02/2013) publicou reportagem sob o título “O começo do fim” relatando os esforços da presidente Cristina Kirchner para conter a inflação na Argentina. Segundo aquela reportagem, as consultorias independente e o resto do mundo afirmam que o índice inflacionário no país esta em 25% ao ano, enquanto que nos índices oficiais divulgados, a inflação não passa de 11% ano ano.


As contas oficiais caíram ainda mais no descrédito com o anúncio oficial de um acordo com as redes de supermercados e com as lojas de eletrodomésticos para congelar os preços até 1º de abril. A mesma pressão é feita sobre o setor de combustível e de material escolar.

A lição que vem no país vizinho (e já conhecida pelos brasileiros) é a de que, com o congelamento dos preços, os fabricantes temendo prejuízos cortam investimentos, o que faz sumir produtos das prateleiras, fomentando ainda mais a espiral inflacionária. Quer dizer, sempre após um congelamento ou controle, os preços tendem a subir mais rapidamente.

Por incrível que pareça, situação um pouco parecida tem sido utilizada no Brasil, notadamente com relação ao combustível e à energia elétrica, em um esforço frenético do governo brasileiro em mostrar um índice inflacionário menor. O problema é este: tratando-se de macroeconomia, todo cuidado é pouco.

Ronaldo Suares

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